segunda-feira, 10 de junho de 2013

Manual para aulas de Literatura Infantil

Um manual que possuí todo recurso para aulas de Literatura infantil e contação de histórias, para alunos do 1º ao 5º anos Ensino Fundamental, que possui a seguinte proposta:


O grupo deverá elaborar um Manual para Contação de Histórias contendo diversificadas atividades que podem contribuir com o incentivo ao gosto pela leitura das crianças.
O Manual de Contação de Histórias será composto pelos seguintes temas:
  • A organização de diferentes ambientes para a contação de histórias;
  • A seleção de livros adequados às categorias de leitor;
  • A exploração de atividades de leitura extraclasse com a interação com as famílias;
  • Como elaborar projetos didáticos a partir das histórias infantis;
  • Procedimentos que auxiliam a avaliação do trabalho do professor ao trabalhar com as histórias
Espera-se que a cada etapa das aulas-tema as atividades possam subsidiar o trabalho docente, na tentativa de contemplar as necessidades das crianças de forma criativa, dinâmica e lúdica. Portanto, é nesse sentido que todas as atividades propostas serão desenvolvidas. Portanto, é imprescindível a troca de informações e ideias no fórum de discussão.
Como vimos na atividade colaborativa da Aula-tema 01, as histórias infantis apresentam várias contribuições às crianças; uma delas com certeza é a formação de leitores desde a infância, pois elas marcam e alimentam as fantasias infantis. Por essa razão, a utilização das histórias, principalmente no contexto escolar, propicia à criança o desenvolvimento da imaginação e a possibilidade de interpretação da realidade.
A linguagem literária se fundamenta no lúdico e no faz de conta, portanto, é imprescíndivel que o professor prepare o ambiente para os momentos de contação de histórias, para que as crianças possam interagir com os livros, ouvir as histórias de forma confortável e se divertir com os vários recursos e materiais que o professor pode disponibizar, como fantoches, estante de livros, báu de histórias, brinquedos entre outras organizações.


O "Manual para Contação de histórias":































sábado, 1 de junho de 2013

Um bom professor, um bom começo.




Um bom professor, um bom começo

A base de toda conquista é o professor
A fonte de sabedoria, um bom professor
Em cada descoberta, cada invenção
Todo bom começo tem um bom professor
No trilho de uma ferrovia…(um bom professor)
No bisturi da cirurgia…(um bom professor)
No tijolo, na olaria, no arranque do motor
Tudo que se cria tem um bom professor
No sonho que se realiza…(um bom professor)
Cada nova ideia tem um professor
O que se aprende, o que se ensina…(um professor)
Uma lição de vida, uma lição de amor
Na nota de uma partitura, no projeto de arquitetura
Em toda teoria, tudo que se inicia
Todo bom começo tem um bom professor
Tem um bom professor

Entrevista com Rubem Alves.


Polêmico e crítico do sistema de ensino brasileiro, o educador Rubem Alves já propôs o fim do vestibular e a adoção de um sorteio para selecionar os alunos que deveriam ir para a faculdade. Nascido em Boa Esperança (MG), em 1933, é bacharel em Teologia, doutor em Filosofia, psicanalista e professor emérito da Unicamp, além de autor de mais de 50 publicações para adultos e crianças. Confira algumas de suas ideias para melhorar a educação do país.

"Análise sintática não ajuda ninguém a ler e escrever melhor, só faz com que os alunos odeiem literatura. O que ajuda a ler e escrever melhor é ler muito."

Como os professores podem contribuir para uma melhor educação no Brasil?

Rubem Alves — Sendo educadores. A melhoria da educação não tem a ver diretamente com leis ou normas, mas com os sentimentos e pensamentos do professor, que precisa ouvir os alunos. A grande tarefa do educador não é dar o que está na grade curricular – odeio essa expressão, já comentei que ela deve ter sido inventada por um carcereiro –, a missão do educador não é dar a matéria, mas ensinar a pensar. Os alunos são obrigados a aprender muitas coisas inúteis, e para quê? Para esquecer um mês depois.

A missão do educador não é dar a matéria, mas ensinar a pensar. Os alunos são obrigados a aprender muitas coisas inúteis, e para quê? Para esquecer um mês depois.

E como o governo pode contribuir com a melhoria do ensino no Brasil?

Rubem Alves — Para começar acho que precisaríamos mudar nossos representantes. Muitos congressistas, com honrosas exceções, não entendem nada de educação. Muitos acham que melhorar a educação é construir escolas, mas isso é mais uma questão eleitoreira, eles inauguram escolas como um “presente” à população: “olha o que fiz para vocês”, mas sem foco no professor e principalmente no aluno.

O senhor já afirmou que a escola é chata. Mesmo tendo que seguir uma matriz curricular, como o professor pode tornar as aulas mais próximas da realidade de seus alunos?

Rubem Alves — A grade curricular obriga os alunos a estudar coisas que não têm nada a ver com a vida. Análise sintática, por exemplo, não ajuda ninguém a ler e escrever melhor, só faz com que os alunos odeiem literatura. O que ajuda a ler e escrever melhor é ler muito. Tenho um livro chamado Vamos Construir uma Casa?, em que proponho que os alunos não aprenderiam coisas abstratas, mas concretas, a partir do seu entorno, do dia a dia.

Essa ideia surgiu após ouvir uma entrevista do navegador Amyr Klink, em que ele cita como ideal uma escola que existe na Ilha Faroe, na Dinamarca, que era ponto de parada dos Vikings em suas incursões guerreiras. Nessa ilha, as crianças aprendem tudo o que precisam para viver construindo uma casa Viking. Aí eu pensei: se isso é possível na Ilha Faroe, por que não seria possível também para as nossas crianças? Claro que não é construir uma casa com tijolo e cimento, mas na imaginação.

O uso de tecnologia é fundamental para o ensino das crianças de hoje, os "nativos digitais"?

Rubem Alves — Sim, é essencial que os professores saibam o que está acontecendo no mundo. A tecnologia está em tudo, até no botão do elevador, ela está aí para ficar e os professores precisam de desenvolver, se “realfabetizar”, e entender seus alunos que já nasceram dentro desse mundo tecnológico.

O senhor é defensor da Escola da Ponte. Que princípios desse modelo poderiam ser aplicados no Brasil?

Rubem Alves — Na Escola da Ponte, os alunos não têm aula. Como assim? São organizados pequenos grupos com um tema comum, e os alunos escolhem um professor para orientá-los durante duas semanas. Nesse tempo, eles pesquisam e ensinam uns aos outros o que aprendem. “Aula” era no tempo em que só o professor sabia a matéria, mas hoje a informação está em todo lugar, não tem por que um professor ficar repetindo um conteúdo, ele deve orientar, ser um guia. O professor não precisa necessariamente conhecer o assunto a ser estudado pelos alunos, ele deve indicar caminhos. Algumas escolas já estão adotando essa ideia de trabalhar com projetos, o que permite um aprendizado mais natural, afinal, como as crianças ensinam umas as outras a brincar? De forma natural, sem nenhuma pedagogia.

Exames nacionais como o ENEM são eficientes para medir o conhecimento dos alunos e servir de parâmetros da educação no país?

Rubem Alves — Já disse várias vezes que devemos acabar com o vestibular e propus sorteio como uma forma mais democrática. Sou favorável ao ENEM desde que ele não vire um novo vestibular. Deveria ser proibido se preparar para o exame, pois ele tem que medir o que ficou de conhecimento, não adianta se preparar na véspera. Um exame com preparação falsifica os resultados, é como dar uma “cola” ao aluno. Além disso, a prova não deveria ser assinada, ou seja, o resultado deveria representar o resultado coletivo, e não o individual.

Retirado do site: http://revistaguiafundamental.uol.com.br/professores-atividades/90/artigo236243-1.asp. (Acessado em 26.maio.2013)

Entrevista com Walcyr Carrasco.


Foto: Felippe HenriqueWalcyr Carrasco é escritor, dramaturgo e autor de telenovelas, nascido em Bernardino de Campos (SP) em 1951. Formado em Jornalismo, trabalhou nos principais órgãos de imprensa do país e, no momento, escreve crônicas na revista Veja São Paulo, além da novela Morde & Assopra. Recentemente, lançou o livro Laís, a Fofinha, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo (SP), sobre uma menina gordinha que sofre com gozações e apelidos dos colegas de escola. Confira na entrevista a seguir como o autor acredita que a literatura possa combater o bullying e elevar a autoestima das crianças.

Como a literatura infantil pode ajudar a aumentar a autoestima das crianças?

Walcyr Carrasco – Acredito que a literatura infantil contribua para aumentar a autoestima das crianças de duas formas: primeiro a partir de uma condição íntima, em que a criança se relaciona com a história e com os personagens e absorve a experiência retratada.

A partir daí, tira suas próprias conclusões e cresce interiormente. Em segundo lugar, temas ricos proporcionam debates ricos, não somente orientados pelo professor, mas também entre os alunos, que compartilham a história narrada no livro. Acredito que seja o caso de Laís, a Fofinha, pois a questão do ser ou não gordo e da forma física ideal hoje é uma preocupação de todas as idades, e a criança considerada acima do peso frequentemente sofre bulying. A discussão do tema pode evitar o bulying.

Como os livros podem conscientizar as crianças desde cedo sobre bullying ou problemas da obesidade?

Walcyr Carrasco – À medida que a história é debatida, conceitos e valores são revistos. Hoje em dia muitas crianças são submetidas pela mídia e até pela própria família a padrões estéticos que, de fato, pouquíssimas pessoas atingem. Essa cobrança generalizada também se expressa por meio de agressões a colegas que são vistos como obesos. A criança obesa acaba se retraindo, achando que é "errada". O fato de um livro propor a discussão aberta e mostrar que esses padrões nem sempre são os desejados pela mídia pode ajudar a reconstrução de valores.

"Ouvir uma história é sempre agradável, e as crianças devem entender a literatura como algo prazeroso e não como obrigação."

Como os professores devem agir ao perceber um caso de bullying ou de baixa autoestima nos alunos?

Walcyr Carrasco – Acredito que o professor deva agir com sutileza, propondo a discussão dos temas e valorizando pessoas de sucesso que não correspondem a padrões. Nesse sentido a literatura ajuda muito, pois funciona como ponte para abrir a discussão em cima de temas polêmicos. A criança com baixa autoestima deve ser valorizada de alguma maneira. O professor pode buscar os aspectos em que ela é mais positiva e estimulá-los. O fundamental é mostrar aos alunos por meio da Literatura, de discussões em classe e trabalhos escolares que a diferença é essencial, e não um problema.

Como conversar com os alunos após grandes tragédias em escolas, como os crimes ocorridos em abril no Rio de Janeiro? A literatura infantil pode ajudar nesses casos também?

Walcyr Carrasco – Lidar com tragédias sempre é difícil. A literatura ajuda até porque os contos de fadas tradicionais falam da violência de uma forma alegórica, que torna mais fácil ao aluno compreender. Mas é preciso ser claro em relação a valores e buscar formas de expressão, em que as crianças possam, pintando, desenhando, escrevendo, fazendo música, "soltar" a agressividade sem prejudicar o próximo. Mas não sou otimista. Minha convivência com uma psiquiatra especializada em psicopatas me diz que a psicose não tem cura. Começa a se evidenciar na infância e é muito difícil lidar com isso, quando o problema é realmente uma doença mental.

O livro foi lançado como parte do projeto cultural Lê Pra Mim? Qual a importância de pais e professores lerem para os alunos ainda não alfabetizados?

Walcyr Carrasco – Fundamental! É uma oportunidade para a criança conviver com a literatura desde cedo. E mesmo já alfabetizada, de sentir a literatura como uma forma de compartilhar experiências. Além de tudo, ouvir uma história é sempre agradável, e as crianças devem entender a literatura como algo prazeroso e não como obrigação.

Como os livros podem competir com outras formas de entretenimento, como a televisão, o videogame e a internet?

Walcyr Carrasco – Nunca vi problema nesse sentindo. Não há uma competição. Cada um tem seu fator de atração. Os livros muitas vezes perdem espaço simplesmente porque são apresentados como algo obrigatório. Não se dá à criança o espaço para viver uma experiência agradável, já que o livro muitas vezes está vinculado a trabalhos escolares, a avaliações, enquanto os outros meios são simplesmente lazer. Quanto mais a criança sentir que o livro é uma experiência de prazer, mais vai gostar de ler.

"O fundamental é mostrar aos alunos por meio da literatura, de discussões em classe e trabalhos escolares que a diferença é essencial, e não um problema."

Dúvidas Frequentes: Ensino Fundamental de 9 anos.


Ensino fundamental de 9 anos. Foto: Tatiana Cardeal

Falta pouco tempo para encerrar o prazo dado pelo governo para as redes se adaptarem ao novo Ensino Fundamental. As escolas públicas brasileiras têm até 2010 para garantir que todas as crianças com 6 anos de idade sejam matriculadas no 1º ano desse segmento. Confira aqui as respostas às questões mais frequentes, navegue pelo conteúdo exclusivo e participe do fórum enviando sua opinião e suas dúvidas sobre o tema.

Seguem, perguntas que podem ser frequentes pelos pais:

1. Como deve ser a transição do sistema de 8 anos para o de 9 anos?
Para implantar o Ensino Fundamental de 9 anos, as redes municipais e estaduais devem passar por um período de transição em que os dois sistemas coexistem. Durante esses anos, as escolas devem operar seguindo duas matrizes curriculares: a antiga, para o ensino fundamental de oito anos (até que a última turma que ingressou na antiga 1ª série se forme na 8ª série) e a nova, para o Ensino Fundamental de nove anos. Mais do que simplesmente aceitar as matrículas das crianças de 6 anos de idade no 1º ano, as secretarias devem se reestruturar, reelaborando, em conjunto com os gestores das escolas, a Proposta Pedagógica da rede e o Projeto Político-Pedagógico das escolas, considerando a maior duração do processo formativo. Os professores precisam ser capacitados para desenvolver um trabalho coerente com a nova realidade, respeitando o desenvolvimento da infância. O espaço físico e o mobiliário das salas de 1º ano precisam ser apropriados para crianças de 6 ano

2. As crianças que completarem 6 anos em julho podem ser matriculadas no 1º ano?
Não. O Conselho Nacional de Educação (CNE) estabeleceu que só poderão ser matriculadas no 1º ano as crianças com 6 anos completos ou a completar até o início do ano letivo. Quem decide a data exata do início do ano letivo é o Conselho Estadual ou Municipal de Educação. Os alunos que completarem 6 anos após essa data (mesmo que seja apenas um dia depois do início do ano letivo) devem ser matriculadas na pré-escola da Educação Infantil.

3. Como fica a Educação Infantil?
A Educação Infantil passa a ter a duração total de 5 anos. Continua a atender na creche crianças de 0 a 3 anos e na pré-escola, as de 4 e 5 e também as que completarem 6 anos após o início do ano letivo.

4. O MEC vai distribuir materiais especiais?
Segundo a assessoria da Secretaria da Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), no início do ano letivo de 2010, todas as escolas públicas do país receberão um kit de materiais específicos para as séries iniciais. Fazem parte deste kit o caderno “Orientações para o Trabalho com a Linguagem Escrita em Turmas de Crianças de Seis anos de Idade”, elaborado pelo Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e uma caixa com dez jogos para alfabetização, acompanhados de sugestões de como utilizá-los em sala de aula. Criados pelo Centro de Estudos em Educação e Linguagem da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), os jogos serão distribuídos de acordo com a quantidade de alunos em classes de alfabetização. Escolas com até 70 alunos receberão uma caixa. Aquelas com 80 alunos terão duas caixas e assim sucessivamente.

5. Como fica a aplicação da Provinha Brasil?
A aplicação da Provinha Brasil será feita no início e no final do 2º ano. Segundo o MEC, os dois primeiros anos desse ciclo de três anos de duração, considerado "ciclo da infância", são cruciais para a apropriação de muitos conhecimentos indispensáveis ao domínio do sistema alfabético. Assim, mesmo que a alfabetização aconteça ao longo dos três anos iniciais, o acompanhamento das crianças nesse aprendizado nos dois primeiros anos possibilitará  a sistematização, o aprofundamento e a consolidação de muitos saberes sobre a língua no 3º ano.  

6. Crianças de 6 anos que leem e escrevem podem ser matriculadas no 2º ano do Fundamental?
Não. Segundo o Parecer CNE/CEB nº 7/2007, nenhuma criança que está ingressando no Ensino Fundamental pode ser matriculada diretamente no segundo ano letivo, tendo ou não frequentado a pré-escola. A justificativa do MEC, publicada no documento “Ensino Fundamental de nove anos: passo a passo do processo de implantação”, é a de que a “ampliação do tempo dessa etapa visa qualificar o ensino e a aprendizagem e não antecipar sua conclusão”.

7. O conteúdo do 1º ano do Fundamental de 9 anos é igual ao trabalhado no último ano da pré-escola?
Nem um nem outro. É preciso garantir, no 1º ano, que o trabalho seja voltado para as especificidade das crianças de 6 anos, preservando, principalmente, o tempo destinado ao brincar. Especialistas alertam para o risco de se adiantar as aprendizagens voltadas para as crianças mais velhas, roubando etapas do desenvolvimento infantil desses alunos. No entanto, ao contrário do que acontecia no último ano da pré-escola, este 1º ano não encerra uma fase e sim, inaugura um ciclo que deve ser considerado como um todo, constituído de três anos, ao final dos quais a criança deve estar alfabetizada. Portanto, é necessário criar uma nova matriz curricular com um caminho híbrido que garanta o ensino dos conteúdos das diversas disciplinas ao mesmo tempo em que preserva a infância.


Retirado do site: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-fundamental-9-anos/. (Acessado em 26.maio.2013)

SOBRE A INCLUSÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS.


Novo modelo de ensino fundamental – Reportagem da TV NBR:
Observação destaque do vídeo: O ensino fundamental de nove anos, criado em 2005, já está presente em 92% dos municípios  brasileiros. E a expectativa do Ministério da Educação é de que 100% das escolas do país adotem o novo modelo este ano.



No dia 06/02/2006 o Presidente da República sancionou a Lei nº 11.274 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11274.htmque regulamenta o ensino fundamental de 9 anos. No Ensino Fundamental de nove anos, o objetivo é assegurar a todas as crianças um tempo maior de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com isso, uma aprendizagem com mais qualidade. 

As legislações pertinentes ao tema são: Lei Nº 11274/2006, PL 144/2005, Lei 11.114/2005, Parecer CNE/CEB Nº 6/2005, Resolução CNE/CEB Nº 3/2005, Parecer CNE/CEB Nº 18/2005. O CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO- CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA, através da RESOLUÇÃO Nº 3, DE 3 DE AGOSTO DE 2005, define normas nacionais para a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos. No seu artigo 2º explicita: Art.2º A organização do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos e da Educação Infantil adotará a seguinte nomenclatura:

Etapa de ensino - Educação Infantil -Creche: Faixa etária - até 3 anos de idade - Pré-escola: Faixa etária -4 e 5 anos de idade. 

Etapa de ensino - Ensino Fundamental de nove anos- até 14 anos de idade. Anos iniciais - Faixa etária de 6 a 10 anos de idade - duração 5 anos. Anos finais - Faixa etária de 11 a 14 anos de idade - duração 4 anos. 

A Lei 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade.

No entanto, devemos estar atentos para o fato de que a inclusão de crianças de seis anos de idade não deverá significar a antecipação dos conteúdos e atividades que tradicionalmente foram compreendidos como adequados à primeira série. Destacamos, portanto, a necessidade de se construir uma nova estrutura e organização dos conteúdos em um ensino fundamental, agora de nove anos. 

O Currículo, documento sobre concepção curricular, será fruto de atenção especial e composto de textos sobre: Currículo e Desenvolvimento Humano, Identidades e Trajetórias dos Educadores e Currículo, Currículo Conhecimento e Cultura, Currículo e Organização dos tempos e Espaços Escolares, Currículo e os Processo de Aprendizagem, Currículo e Avaliação. 

A lei estabelece que Estados, municípios e o Distrito Federal terão prazo até 2010 para se adequar à mudança. Atualmente, mais de mil municípios em 12 Estados já adotam o ensino fundamental de nove anos, atendendo um total de 8,1 milhões de alunos segundo dados preliminares do Censo Escolar 2005.

Durante esse período os sistemas de ensino terão prazo para adaptar-se ao novo modelo de pré-escolas, que agora passarão a atender crianças de 4 e 5 anos de idade. 

O Ministério de Educação recomenda que jogos, danças, contos e brincadeiras espontâneas sejam usadas como instrumentos pedagógicos, respeitando o desenvolvimento cognitivo da criança. Nesse caso, a alfabetização deve ser entendida como um processo que tem hora para principiar, mas não para concluir. 

Fonte de informação: Ministério da Educação e Cultura.
Amélia Hamze 
Profª FEB/CETEC
ISEB/FISO-Barretos 
ahamze@uol.com.br

Passo a passo, a feira vira um sucesso


Já no Ensino Fundamental, todos podem desenvolver e exibir experimentos inspirados em problemas reais

Prazer em descobrir: modelos de aviões para conhecer como eles voam. Foto: Marcelo Min
Prazer em descobrir: modelos de aviões para conhecer como eles voam. Foto: Marcelo Min
As feiras de Ciências evoluíram. Nos últimos cinco anos, os professores inovaram a forma de planejar o evento e, conseqüentemente, de os alunos produzirem e transmitirem o conhecimento. As mostras agora são organizadas com propósitos didáticos. "Os estudantes passaram a utilizar o método científico para desenvolver seus inventos e não ficam mais atrás de uma maquete, só repetindo informações tiradas do livro didático", explica Roseli de Deus Lopes, vice-presidente da Estação Ciência da Universidade de São Paulo (USP).

"O desafio que se apresenta é ampliar esse foco para as séries iniciais do Ensino Fundamental", diz a professora. A tarefa exige planejamento. Primeiro, é necessário tornar a Ciência algo rico e instigante para todos. Os temas a ser explorados não vão trazer avanços significativos para a área — nem é esse o propósito. Os trabalhos podem ser simples, desde que sejam criativos e façam sentido para a garotada e a comunidade.

Por fim, é necessário que a turma saiba quais são as etapas de uma pesquisa e a importância de registrar todas as descobertas. Roseli defende essa concepção com a experiência de quem se dedica há quatro anos à organização da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). No evento, são apresentados os melhores projetos de 8ª série e Ensino Médio, exibidos originalmente em 200 escolas públicas e particulares de 22 estados. No mês passado, nove trabalhos selecionados durante a última Febrace representaram o Brasil no maior encontro de Ciências e Engenharia do mundo, realizado em Indianápolis, nos Estados Unidos (leia o quadro).

As produções de sua escola também podem chegar lá. Para isso, é importante cumprir as cinco etapas a seguir. Elas são baseadas na prática de professores da rede pública e privada de Ensino Fundamental e nas indicações de especialistas no tema.

1. Despertar o gosto pela Ciência 
Estímulo desde as primeiras séries: a placa de computador feita por André, com a ajuda do professor Gerson. Foto: Marcelo Min
Estímulo desde as primeiras séries: a placa de computador feita por André, com a ajuda do professor Gerson. Foto: Marcelo Min
Envolver os pequenos no mundo da Ciência logo cedo e de forma prazerosa é o primeiro passo para organizar uma boa mostra. No Colégio Santo Américo, em São Paulo, faz parte da rotina, da 3ª série em diante, freqüentar o laboratório de robótica pelo menos duas vezes por semana, durante 50 minutos. Para a próxima feira, que será realizada em agosto, eles estão construindo pequenos aviões inspirados no centenário do vôo do 14-Bis, de Santos Dumont.

Com muita paciência, todos copiam moldes em papel vegetal, reproduzem o desenho em superfície plana, medem, cortam e colam a estrutura da aeronave. O desafio final é fazê-la voar, com a força gerada por um elástico na hélice e a ajuda do vento. "Nessa fase, introduzimos os conceitos de equilíbrio, movimento e força, que eles verão com mais profundidade na aulas de Física no futuro", explica o professor Gerson Domingues, responsável pelo laboratório.

Para estimular o interesse pela disciplina, não é necessário ter um laboratório sofisticado. "Basta promover uma visita a um museu ou a um planetário para que o festival de perguntas sobre determinado tema não tenha mais fim. Esse já é um ótimo incentivo", sugere Domingues. Estimulado desde cedo, André Tabarro, da 7ª série, acabou se interessando por eletrônica e já conhece todas as etapas de fabricação de uma placa de computador. "Instalada dentro de uma lata de leite em pó, que serve como interface, a placa interage com o sistema do micro e aciona lâmpadas e motores", explica o garoto de 13 anos. Sua engenhoca também integrará a exposição do Santo Américo, é claro.

2. Ensinar as etapas do método científico 
Método científico: alunos de Rosenilda usaram bactérias para salvar a vegetação que estava secando. Foto: Eduardo Queiroga
Método científico: alunos de Rosenilda usaram bactérias para salvar a vegetação que estava secando. Foto: Eduardo Queiroga
Para que o evento leve realmente à produção de Ciência, a garotada precisa aprender a aplicar o método científico — à medida que o projeto se desenvolve. "É da necessidade de encontrar soluções para problemas da vida diária que nascem o conhecimento e as atrações de uma feira", explica Rosenilda Vilar, professora da EE Ministro Jarbas Passarinho e do Colégio Anglo Líder, ambos em Camaragibe, região metropolitana do Recife.

No ano passado, os orientandos de Rosenilda, da 7ª e 8ª séries, levantaram diversas questões que, devidamente desenvolvidas, foram levadas às exposições das escolas. Uma delas dizia respeito às plantas de uma várzea próxima — terraplenada para a construção de um parque —, que estavam definhando. A identificação de um problema como esse é o primeiro passo do método científico. Como não tinha conhecimento específico para explicar o tema, a professora orientou os jovens a procurar a Universidade Federal Rural de Pernambuco. Lá, eles foram auxiliados pela pesquisadora Caroline Etiene, do Departamento de Microbiologia, que os conduziu pelo segundo passo do método: a formulação de hipóteses.

Depois de observar em campo o que estava acontecendo com as plantas e concluir que o vilão era o empobrecimento do solo, os grupos avançaram para a etapa seguinte: a definição de estratégias para tentar resolver o problema. A opção, discutida com a pesquisadora, foi usar fungos e bactérias para captar nitrogênio e redistribuir os nutrientes junto às raízes. Com a análise dos resultados (as espécies se regeneraram) e a conclusão do trabalho (posto em prática pela prefeitura e pela Defesa Civil), todas as etapas fundamentais do método científico foram exploradas. "Eles aprenderam os cinco passos de forma prática e agora sabem aplicá-los em qualquer outro projeto", conta Rosenilda.

3. Apontar o valor de registrar as descobertas 
Produto final: ventinho gelado na hora de exibir a engenhoca. Foto: Eduardo Queiroga
Produto final: ventinho gelado na hora de exibir a engenhoca. Foto: Eduardo Queiroga
"Não existe Ciência sem registro", ressalta Roseli Lopes, da USP. Por isso, é preciso colocar no papel as etapas realizadas — com a ajuda do professor de Língua Portuguesa. O texto não precisa ser acadêmico, com notas de rodapé. Mas deve ser claro e detalhado.

O hábito de anotar o passo-a-passo foi incorporado pelas classes de Rosenilda. Um grupo da escola Ministro Jarbas Passarinho estudou como a globalização alterou o artesanato de Caruaru, no agreste pernambucano. Na cidade de mestre Vitalino (1909-1963), famoso por seus bonecos de argila pintados a mão, a equipe entrevistou o filho do artista. Os dados passados por ele e os pesquisados foram usados para comparar a versão artesanal e a industrial dos bonecos, compondo o registro.

4. Preparar a turma para a exposição do trabalho 
Nos dias da mostra, o conhecimento sistematizado durante a pesquisa deve ser apresentado aos visitantes por meio da fala e de cartazes, folhetos, maquetes e engenhocas. É importante não repetir oralmente informações escritas e procurar sempre interagir com as pessoas. "Principalmente os mais tímidos devem ser incentivados a falar em público", aconselha Elenice Lobo, coordenadora pedagógica do Santo Américo.

Na feira do Anglo Líder, em Camaragibe, uma equipe montou sua invenção, uma versão barata de um ar-condicionado, sobre carteiras. De cara, os alunos não diziam do que se tratava. Ligavam a engenhoca e as pessoas sentiam um ventinho gelado. Depois, exibiam um banner e, com ele, explicavam para os visitantes as etapas da criação — que envolveu a montagem do motor e o desenvolvimento de um recipiente acoplado para a água. "Eles colocaram o objeto para funcionar e provaram como era eficiente para minimizar o calor da cidade, sempre em torno dos 30 graus", estusiasma-se Rosenilda.

5. Organizar a infra-estrutura 

São necessários pelos menos quatro meses para organizar uma boa feira. "Esse período é suficiente para analisar as sugestões de temas apresentadas pela garotada, realizar pesquisas, visitar museus e universidades e montar o evento", afirma Maria Edite Costa Leite, coordenadora do Setor Educativo do Espaço Ciência, em Olinda.

O sucesso não depende de estrutura luxuosa. "Se a escola não tem dinheiro para alugar estandes, expõe os trabalhos nas carteiras", sugere. Há várias formas de planejar o espaço, sempre de acordo com a arquitetura do local. Uma opção é exibir tudo no pátio ou dividir as experiências nas salas e nos laboratórios. O tempo ideal é de dois a três dias. No final, todos podem votar nos melhores projetos e inscrevê-los nas feiras regionais e nacionais espalhadas pelo Brasil. O sucesso das invenções verde-amarelas tem sido uma constante lá fora nos últimos anos.
Pequenos Cientistas 
A maior feira do mundo
Foto: Intel/Divulgação
Foto: Intel/Divulgação
A International Sciences and Engineering Fair (Isef), a mais importante feira de Cências do mundo, reuniu em maio 1500 estudantes de 47 países em Indianápolis e distribuiu 4 milhões de dólares em prêmios e bolsas de estudos.

Há quatro anos, professores e alunos brasileiros participam do evento, representado no país pelo Laboratório de Sistemas Integráveis da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e pela Fundação Liberato Salzano, em Novo Hamburgo (RS). Este ano, a delegação brasileira (foto) foi formada pelos autores de nove projetos de Imperatriz (MA), Vitória da Conquista (BA), Londrina (PR), Novo Hamburgo (RS), Guarulhos e Campinas (SP), São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza. Quatro brasileiros se destacaram: Denilson Luiz Freitas, do Colégio Opção de Vitória da Conquista, criador de um sistema que converte energia solar em elétrica para alimentar um dessalinizador; Anelise dos Santos Klein, da Fundação Liberato Salzano, autora de uma ação para defender cães e gatos; e Juliano Sider e Rodrigo Luger, da Escola Americana de Campinas, inventores de um programa de computador para o estudo da geometria.

P.A., de Indianápolis (Eua)

O repórter viajou a convite da Intel, parceira da Fundação Victor Civita
Participar da feira de Ciências... 
• Desperta o gosto pela pesquisa.

• Inspira trabalhos em grupo.

• Incentiva a busca de soluções para problemas reais.

• Favorece a sistematização do conhecimento.

• Para um evento de primeira

• Faça parcerias com empresas e lojas da sua cidade. Não é demérito informar que elas ajudaram financeiramente.

• Promova um concurso na escola para a criação de cartazes e logomarcas para divulgar a feira.

• Convide a imprensa local para cobrir o evento.

• Guarde com cuidado todos os objetos. Eles podem voltar a ser exibidos em outras ocasiões.

Retirado do site: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/passo-passo-feira-426316.shtml. (Acessado em 26.maio.2013)

Feira de Ciências sobre água



Objetivos 

- Reconhecer características da água.
- Associar o uso da água a algumas de suas características.
- Perceber a interferência do homem no meio ambiente.

Conteúdos
- Características e propriedades da água.
- Distribuição da água no planeta.
- Utilização da água pelo homem.

Anos 3º ao 5º.

Tempo estimado Dois meses.

Material necessário 
Água, copo de papel, folha de papel, vela, fósforo, recipiente plástico, giz, suco em pó ou corante, garrafa PET, açúcar, sal e detergente.

Flexibilização 
Para trabalhar esta sequência com alunos com deficiência auditiva (com compreensão inicial de Libras e em processo de alfabetização), na primeira etapa, oriente-os individualmente, explicando em detalhes como será cada etapa da atividade. Ao falar para o grupo, dirija-se ao aluno com deficiência e estimule sua leitura orofacial.
Na segunda etapa, amplie o repertório do aluno sobre o tema, encaminhando leituras e atividades junto ao AEE ou como lição de casa.
Na terceira etapa, estimule a participação do aluno com deficiência fazendo perguntas dirigidas apenas a ele e peça que socialize suas ideias com o grupo.
Na avaliação, combine antecipadamente com o aluno como será sua participação na Feira de Ciências. Caso sua comunicação com o público seja limitada, ele pode se sentir mais representado pelos registros em cartazes ou vídeos feitos com o grupo.

Desenvolvimento 1ª etapa Informe aos alunos que eles farão um trabalho para ser apresentado numa feira de Ciências sobre o tema "Água". Divida a turma em grupos com, no máximo, cinco integrantes, e avise que todos estudarão vários aspectos ligados ao assunto. É importante lembrá-los de que o evento será investigativo. Caberá aos estudantes envolvidos no projeto, portanto, fazer a mediação com os visitantes da feira durante o processo de construção de alguns conhecimentos.

2ª etapa Para dar início à preparação da feira, deixe que os alunos observem você colocar um pedaço de papel na chama de uma vela para que ele pegue fogo. Em seguida, trabalhe as seguintes questões: 1) Por que, ao ser posto no fogo por alguns instantes, um copo de papel com água não pega fogo? A água do copo esquenta? Você pode fazer uma demonstração dobrando uma folha de papel em forma de cone e colocando dentro dele um pouco de água. Depois, aproxime-o da chama da vela. As crianças perceberão que, dessa vez, o papel não pega fogo, pois a água é capaz de absorver a maior parte do calor. Peça sugestões de outros casos em que a capacidade térmica da água seja evidenciada. Exemplo: quando entramos no mar ou em uma piscina à noite e sentimos que a água está quente (essa sensação se deve justamente ao fato de a água ter passado o dia inteiro absorvendo calor); 2) Por que a água é considerada um solvente universal? Os estudantes podem fazer misturas de água com sal, açúcar e detergente para notar que todas essas substâncias se dissolvem; 3) Por que, quando molhamos a barra da calça na chuva, ela acaba ficando úmida até quase a altura dos joelhos? Para explicar esse fenômeno, chamado capilaridade, proponha experimentos como os seguintes: em um recipiente, coloque um pouco de água e adicione corante ou suco em pó. Depois, peça que os alunos mergulhem a ponta de um giz branco no líquido. Eles verão que a parte colorida "subirá" além do ponto em que o giz foi mergulhado. O mesmo pode ser observado ao mergulhar em um recipiente a ponta de uma toalha de banho; 4) Por que alguns insetos são capazes de "andar" na superfície da água? Esse é o gancho para abordar outra propriedade importante da água: a tensão superficial. Faça uma investigação sobre o tema com a turma; 5) A água disponível na natureza vai acabar um dia? Para discutir o assunto, leve para a sala uma garrafa PET e monte um modelo de escala da água do planeta. Se toda ela coubesse numa garrafa de 2 litros, quanto desse total seria doce? Resposta: apenas três ou quatro colheres de sopa. Quanto dessa água doce está em forma líquida e disponível para consumo? Resposta: aproximadamente três gotas. Durante a atividade, faça perguntas sobre a utilização desse recurso natural pelo homem e as possíveis consequências do uso inconsciente.

3ª etapa É hora de a garotada elaborar a problematização que será desenvolvida junto aos visitantes da feira de Ciências. Explique que ela deve estar relacionada aos seguintes conteúdos: 1) Características e propriedades da água; 2) Distribuição da água no planeta; 3) Utilização da água pelo homem. Garanta que, durante as aulas, os estudantes tenham contato com esses conteúdos. É fundamental que eles pesquisem, façam experimentos e escrevam sobre os três temas.

4ª etapa
Explique à turma que a feira de Ciências que vocês pretendem organizar só será investigativa se os visitantes participarem das atividades. Dê alguns exemplos de como isso pode ser conseguido. Uma estratégia é propor aos estudantes que trabalhem em grupo para solucionar um problema, deixando claro que os questionamentos apresentados por você durante as aulas de preparação para a feira podem ser repetidos com os visitantes. Avise que você estará por perto o tempo todo para ajudar. Produto final Feira de Ciências.

Avaliação Avalie a participação de cada aluno e verifique se os objetivos de aprendizagem foram atingidos. Uma breve apresentação do trabalho em sala de aula, antes da feira, pode ser um bom momento de avaliação.

Retirado do site: http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/feira-ciencias-agua-623199.shtml. (Acessado em 26.maio.2013)

Projeto Escola: Filme - O contador de histórias


Projeto Escola

Introdução

Não há pessoas irrecuperáveis - há pessoas não amadas, incompreendidas, sem oportunidade. 
Roberto Carlos Ramos


"A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.", diz o artigo 1º. da Lei de Diretrizes e Bases.
Assim, o filme O CONTADOR DE HISTÓRIAS, do diretor Luiz Villaça, traz aos cinemas a inspiradora história real do garoto mineiro Roberto Carlos Ramos, tido como irrecuperável - analfabeto até os 14 anos, com mais de uma centena de fugas da FEBEM no currículo -, e do seu encontro com a pedagoga francesa Margherit Duvas, que acrescentou elementos essenciais até então inexistentes em sua vida, como afeto, confiança, esperança. O projeto escola, aqui apresentado, promove sessões educativas gratuitas seguidas de debate, oferece site para ampliação de pesquisa e guias impressos e digitais dirigidos a professores e alunos do Ensino Médio no Brasil. Alguns dos objetivos do projeto são aproximar currículo e cotidiano, dando novos significados aos conteúdos propostos, ampliar o repertório cultural dos alunos e permitir que a magia do cinema ganhe novos contornos educativos em sala de aula, dinamizando aprendizados e reflexões. Esperamos que o filme, como reflexão histórica, social, econômica e humana se transforme em recurso pedagógico a partir da criatividade dos educadores e estudantes, estimulando o interesse pela investigação e pelo desenvolvimento de projetos em diversas disciplinas. Elencamos algumas temáticas a serem exploradas em sala de aula a partir do filme, mas a ideia principal é que novas possibilidades sejam criadas pelos professores, de acordo com o projeto pedagógico de cada unidade de ensino. O que vale mesmo é tocar a imaginação dos alunos, permitindo que se envolvam no universo encantado e na fantasia que Roberto Carlos apresenta quando conta as suas histórias.
Boa sessão e boas aulas!


Retirado do site: http://wwws.br.warnerbros.com/ocontadordehistorias/projetoescola/. (Acessado em 26.maio.2013)

Comunicação oral - entrevista no contexto de estudo


Proponha para seus alunos a realização de uma entrevista com um artista local e ajude-os a desenvolver a capacidade de ouvir e compreender informações sobre o entrevistado e sua obra

Objetivos
- Aprimorar a fala em situação de comunicação oral formal.
- Participar de uma situação de comunicação oral formal.
- Reconhecer algumas das características e funções de uma entrevista.
- Ampliar capacidade dos alunos de ler entrevistas.

Conteúdos 
- Características e funções de uma entrevista.
- Adequação da fala à situação formal de entrevista.
- Utilização de recursos próprios à situação de entrevista.
- Realização de leitura de textos informativos para obter informações sobre o entrevistado e sua obra.
Anos 
1º e 2º anos
Tempo estimado 
17 aulas.
Material necessário
Computador com acesso à internet, filmadora ou gravador, entrevistas em vídeo, áudio e em papel (para leitura) e fichas para sistematização.
Produto final
Entrevista com um artista local.

Desenvolvimento

1ª etapa (Compartilhando os objetivos - 1 aula)
Antes de iniciar esse trabalho, faça um levantamento dos artistas locais sobre os quais seja possível obter alguma informação e que tenham disponibilidade para participar de uma entrevista realizada pelos alunos. Também se pode optar por fazer esse trabalho a partir do interesse da turma em aprender um pouco mais sobre um(a) autor(a) de livros que esteja sendo lido pela professora ou por eles. O fundamental é que o artista escolhido seja alguém disponível para ser entrevistado pela turma posteriormente.
A partir das informações obtidas sobre o artista estudado, a entrevista deve surgir como a melhor forma de obter novas informações e aprofundar o conhecimento que se tem. Nesse sentido, a primeira atividade deve ser compartilhar o objetivo com os alunos. PARA QUE se vai realizar a entrevista: obter mais informações sobre a vida e obra do artista escolhido.
2ª etapa (Definir o que se quer saber do entrevistado - 4 aulas)
Uma vez definido o objetivo da entrevista, ajude as crianças a organizar o que o grupo já sabe sobre a vida e a obra do artista.
Durante algumas aulas, trabalhe com diferentes fontes de informação - material impresso (reportagens, notícias, biografias etc.), áudio, vídeo, pesquisas realizadas na internet. Faça a leitura em voz alta dos textos e organize conversas apreciativas para que as crianças possam compartilhar suas impressões sobre os materiais e os dados apresentados por eles. Ajude-os a perceber se há informações similares ou divergentes nos materiais analisados. Aproveite a ocasião para enfatizar a necessidade de pesquisar em fontes confiáveis quando se deseja obter dados precisos sobre um objeto de estudo.
Após a realização dessa tarefa, sistematize na lousa as informações organizadas pelos alunos, em forma de lista, sob o título "O que já sabemos". Em seguida, faça outra coluna na lousa intitulada "O que queremos saber" e questione os alunos sobre o que ainda falta saber sobre a vida e obra do artista estudado. Vá inserindo as informações que os alunos levantarem, preocupando-se em evidenciar quando houver a citação de alguma informação que já se tem. Ao final, cheque com os alunos se tudo o que a classe deseja saber consta da lista. Copie as duas listas em papel grande e deixe-as no mural da classe. Nesta etapa, é possível realizar uma apreciação das obras do artista pesquisado, procurando perceber de que maneira as informações pesquisadas até o momento contribuem para ampliar a compreensão das mesmas.
3ª etapa (A Construção de repertório sobre uma boa entrevista - 3 aulas)
Uma vez definido o que se quer saber, é preciso ampliar o conhecimento que o grupo tem sobre este gênero. Antes de ler/ver/ouvir uma entrevista com os alunos, procure levantar os conhecimentos prévios da turma a respeito dos portadores impressos e orais nos quais podemos encontrar as entrevistas (jornal, revista, site, programa de TV e rádio etc.), sobre o gênero em si (entrevista), que aparece sob as formas oral e escrita, e sobre o entrevistado escolhido. Comece perguntando para os alunos em qual portador lemos e ouvimos entrevistas, complementando as respostas que aparecerem. Pergunte se já leram ou ouviram entrevistas, onde e com quem. Questione-os sobre as situações em que costumamos ler/ouvir/ouvir esse tipo de gênero e esclareça que as entrevistas também podem ser encontradas em sites na internet. O objetivo é que os alunos, sabendo onde podem encontrar uma entrevista e seu uso social, possam antecipar seu conteúdo informativo.
Durante algumas aulas, apresente e analise com os alunos vídeos, áudios e impressos que contenham entrevistas. Dê preferência a materiais que contemplem a mesma modalidade artística, ou seja, se a classe optou por entrevistar um escritor de literatura infantil, ofereça-lhes entrevistas com outros autores. Assim, os alunos poderão observar semelhanças entre os tipos de perguntas e respostas, construindo um repertório para elaborar seu próprio roteiro de entrevista.
Oriente a observação dos alunos para cada entrevista apresentada, destacando aspectos importantes para quem está aprendendo a ser um entrevistador: o objetivo da entrevista, as informações obtidas, a adequação das perguntas feitas pelo entrevistador, o ajuste das perguntas às respostas do entrevistado, as perguntas que "nasceram" durante a entrevista, etc. Volte à mesma entrevista várias vezes: primeiro ouça/veja/leia a entrevista inteira e depois ouça/veja releia trechos da entrevista que destaquem determinados aspectos. Analise o que se soube a partir da entrevista enfocada e o que faltou saber. Levante o que os alunos perguntariam ao entrevistado caso fossem os entrevistadores. Faça exercícios a partir de uma entrevista, como por exemplo, ler a resposta dada pelo entrevistado e pedir que os alunos formulem a pergunta que resultou naquela resposta. Esta é também uma excelente oportunidade para que os alunos observem as falhas da entrevista realizada ou as dificuldades que surgiram e com as quais o entrevistador teve que lidar, como por exemplo, quando o entrevistado responde de forma lacônica ou quando muda de assunto, deixando de responder à pergunta. Analise com os alunos o que fez o entrevistador e o que fariam eles caso fossem o entrevistador.
4ª etapa (Elaborando um roteiro para a entrevista - 4 aulas)
Uma vez que todos tenham compartilhado o que já se sabe e o que falta saber, chega a hora de elaborar um roteiro para a entrevista. Na primeira atividade desta etapa, retome a lista "O que queremos saber", que foi feita na segunda etapa. Releia-a com os alunos e verifique se ela está completa. Acrescente novas sugestões. Se possível, retome o que foi discutido nas aulas anteriores a partir da leitura de entrevistas de profissionais que desempenhem trabalhos semelhantes aos do artista escolhido pela sala. Em seguida, junto com os alunos, agrupe as questões por blocos temáticos: sobre a infância do artista, sobre o início da carreira, sobre a vida pessoal, sobre a vida profissional, sobre a sua obra, curiosidades de sua vida, opiniões do artista, etc. Eleja um destes blocos temáticos para, junto com a classe, elaborar perguntas. Durante esta atividade, relembre as características das boas entrevistas e os aspectos observados durante a terceira etapa do trabalho. Após esta atividade coletiva, divida os alunos em grupo, organizando-os de maneira que haja no mínimo um leitor fluente e um aluno alfabético em cada um deles. Entregue um bloco temático para cada grupo desenvolver duas questões a respeito dele. Oriente-os para que observem o que já sabem (na lista afixada na classe) de forma a não elaborarem perguntas desnecessárias. Em seguida, apresente a produção de cada grupo para a classe para que todos possam fazer suas observações e dar suas sugestões. Construa o roteiro final coletivamente.
5ª etapa (Marcando a entrevista e definindo os papéis de cada aluno na realização da entrevista - 1 aula)
Após ter o roteiro pronto, já se pode agendar a entrevista. Combine com a classe qual a melhor data, quando a turma já estiver pronta para sua realização. Em seguida, defina o que precisará ocorrer na entrevista: quem fará as perguntas, como será a gravação e quem ficará responsável por essa tarefa, de que maneira irão receber o artista, como vão acompanhar a atividade e quem irá assinalar no roteiro as perguntas já feitas. Cada grupo que elaborou as questões por bloco temático deverá definir quantos entrevistadores (pode haver mais de um, desde que as perguntas sejam feitas de forma organizada e o ritmo da entrevista seja mantido) participarão do momento da entrevista.
Se possível, peça ajuda a outro adulto para operar a filmadora ou gravador nesse momento. Dessa forma, será mais fácil realizar intervenções e observar a postura adotada pelas crianças durante a atividade para discuti-las nas próximas etapas.
6ª etapa (Ensaio da entrevista - 2 aulas)
Após ter o roteiro pronto e definidos os papéis de cada um, faça um ensaio com os alunos. Promova uma simulação na qual você será o entrevistado e os alunos, os entrevistadores. Nesse momento, crie situações possíveis de serem vividas numa entrevista para ver como os alunos se saem, tais como: responda às questões de forma lacônica, com monossílabos; desvie do assunto perguntado; fale sobre muitos assuntos; antecipe um assunto ainda não perguntado, de forma a que eles tenham que ajustar as perguntas previstas no roteiro. Em seguida, analise a forma como ocorreu: ouça/ veja a gravação com os alunos e aponte os problemas - se os alunos falaram simultaneamente, dificultando a compreensão da pergunta, se há perguntas que necessitam ser refeitas ou mesmo descartadas, se o uso da filmadora/gravador foi adequado e se todas as perguntas foram feitas.
7ª etapa (Realização da entrevista - 1 aula)
No dia da realização da entrevista verifique se todos os instrumentos necessários para a realização da entrevista estão disponíveis: filmadora/gravador, pilhas extra e roteiro da entrevista. Os alunos que farão as perguntas deverão estar cientes da ordem em que deverão se pronunciar. No momento da entrevista, o professor poderá fazer perguntas não previstas no roteiro e sinalizar o grupo caso ocorra repetição de perguntas, por exemplo. Deve, no entanto, fazer isso com cuidado para que seja apenas uma intervenção pontual e a entrevista seja realizada pelos alunos.

Avaliação
Na primeira aula após a realização da entrevista é importante fazer uma roda de conversa para que todos possam manifestar suas impressões e falar sobre o que acharam da desse trabalho. Nessa ocasião é muito importante que o professor retome todo o processo, marcando as aprendizagens realizadas, os avanços que os alunos tiveram. Cabe aqui também levantar as falhas que possam ter ocorrido na realização da entrevista e retomar por que elas ocorreram. Aqui vale destacar que uma boa entrevista depende da capacidade de interação do entrevistador com o entrevistado e de seu conhecimento sobre o assunto.

Retirado do site: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/comunicacao-oral-entrevista-contexto-estudo-678728.shtml?page=all. (Acessado em 26.maio.2013)